quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Literatura - Marcel Proust

Marcel,proust,literatura,francesa


Marcel Proust nasceu em Auteil, Paris, a 10 de julho de 1871. Criança de saúde frágil, passou a infância cercado de cuidados especiais. Frequentou o Lycée Condorcet entre 1882 e 1889 e, após alistar-se como voluntário em um regimento de infantaria, a École des Sciences Politiques, preparou-se para seguir a carreira diplomática, da qual desistiu, a fim de dedicar-se à literatura.
Suas primeiras experiências literárias deram-se em 1892 quando, com alguns amigos, fundou a revista "Le Banquet". A seguir passou a colaborar em "La Revue Blanche", frequentando ao mesmo tempo os salões aristocráticos parisienses, cujos costumes, em grande parte, lhe forneceriam material para sua obra maior. Com a morte de sua mãe em 1905, torna-se herdeiro de uma fortuna razoável e isola-se cada vez mais dos meios sociais para dedicar-se a escrever "Em busca do tempo perdido", publicado entre 1913 e 1927.
Proust morreu em Paris a 18 de novembro de 1922. Entre outras, deixou obras como "Os prazeres e os dias"

Para saber mais sobre sua obra prima, "Em busca do tempo perdido", clique no link a seguir:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Em_Busca_do_Tempo_Perdido

Penetre no mundo deste ilustre escritor, saboreie cada frase exposta por ele, não apenas leia, mas deguste.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Como Fugir?

Século 21, a quantidade de informações bombardeadas por televisão, internet e jornais são impressionantes. Dentre muitos desses, venho falar de dois especificamente, um musical e outro televisivo, que representam, em grande parte, tudo o que é veiculado: Restart e BBB.

Qual o motivo que induz tamanhas parcelas da população a se interessarem por "essas coisas"? Começemos pela banda mais comentada do momento, já citada linhas acima.
O som é mal feito, as letras são incrivelmente ruins, o vocalista da banda tem como principal característica a de não saber cantar, enfim... O que acabou de ser dito não se trata de julgamento, e sim constatação. Não acho que os fãs, de repente, deveriam se abster de qualquer contato com a banda, mas, antes de idolatrarem, como o fazem, deveriam experimentar outras ramificações da música brasileira. Essa "surdez" musical faz com que qualquer tipo de barulho apresentados aos jovens coloridos da atualidade sejam interpretados como "boa". Antes de entregar-se a "qualquer coisa", escute um bom samba (coisa de velho, podem dizer), talvez bossa nova (o quê?), MPB ("ah, Vanessa da Mata eu gosto!" - Não, viaje muito para trás ), pop, rock, música clássica, viaje ao infinito. Noel Rosa, Pixinguinha, Nelson Cavaquinho, Tom, Vinícius, Chico, Caetano, Gil, Mutantes, Titãs, Paralamas, Barão. Esses são alguns nomes que alguém ainda iniciante na música, como eu, já deveriam conhecer. Curtas melodias de qualquer um desses citados provocariam um "restart" nas mentes alienadas deste início de década.
Como se não bastasse, hoje inicia-se mais um BBB. O que fizemos de tão mal para que a nós seja enviada tal penitência? Na TV, na internet, jornais, revistas, todos param para saber qual o "brother" que possui a tatuagem mais "cool", quais as intrigas mais comentadas da casa, qual dos integrantes é o verdadeiro "jogador" (hóquei? curling?), enfim, todos falam, falam, falam, mas não dizem nada. Seria este um programa inteiramente inútil? Alguns dizem que assistem afim de analisar o comportamento dos personagens (Sim, analisam o maior peito e/ou o bíceps mais avantajado).
E então, como fugir dessa barbúrdia? Desligue a TV, saia da internet, passe longe das bancas, cancele a assinatura do jornal, e por fim:
"Run Forrest, run!"

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Filosofia - Bertrand Russell

Bertrand,russell,filosofia



Vida
Bertrand Arthur William Russell (1872-1970) foi um dos mais influentes filósofos e matemáticos do século XX.
Pertencente a uma aristocrática família inglesa, teve como avô paterno um primeiro ministro inglês dos anos 1840. Sua mãe, viscondessa de Amberley morreu quando tinha 2 anos, e seu pai, visconde de Amberley, morreu quando possuía 4 anos. Após a morte de seus pais, Russell e seu irmão Frank são educados pelos avós.
O estudo da filosofia se inicia na Universidade de Cambridge, em 1890. Torna-se membro do Trinity College em 1908, porém perde sua cátedra após a recusa em alistar-se para a Primeira Guerra Mundial. Em 1920 viaja para a Rússia, leciona por um ano em Pequim e nos anos seguintes escreve livros relacionados a Física, Ética e Educação para leigos. Em 1939 vai viver nos EUA para ensinar na Universidade da Califórnia. Posteriormente, é nomeado professor no City College de Nova Iorque, mas tem sua nomeação anulada por tribunal após controvérsia pública (suas opiniões secularistas, entre outros fatores, o tornam "moralmente impróprio" pra ensino no College). Regressa à Grã-Bretanha em 1944 e volta a integrar a faculdade do Trinity College. Já com 90 anos, em 1962, media os conflitos dos mísseis de Cuba, e evita assim um ataque militar. Organiza também, com Albert Einstein, o movimento "Pugwash" que luta contra a proliferação de armas nucleares. Falece em 1970, após ter escrito, no final dos anos 60, sua autobiografia, composta de três volumes.

Principais Idéias Filosóficas
Russell foi o responsável por elaborar algumas das mais influentes teses filosóficas do século XX, dentre as quais destacam-se a tese logicista, ou da lógica simbólica, de fundamentação da Matemática. Segundo Russell, todas as verdades matemáticas poderiam ser deduzidas a partir de umas poucas verdades lógicas, e todos os conceitos matemáticos reduzidos a uns poucos conceitos lógicos primitivos. Fomentou assim, uma de suas tradições filosóficas, a chamada Filosofia Analítica

*Para os engenheiros de plantão, Russell foi a primeira pessoa a enunciar um problema, em 1903, incapaz de ser resolvido através da lógica aristotélica, mas apenas pela lógica nebulosa, ele foi chamado "Paradoxo de Russell". Saiba mais clicando no link a seguir:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo_de_Russell

Outro detalhe muito interessante a respeito da vida do filósofo se deve ao "Código de Conduta" liberal proposto por ele em sua autobiografia, feito à maneira do decálogo cristão, mas para "complementá-lo", e não "substituí-lo", dizia ele. Os dez princípios são:

  1. Não tenhas certeza absoluta de nada.
  2. Não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.
  3. Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso.
  4. Quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.
  5. Não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.
  6. Não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te.
  7. Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.
  8. Encontres mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.
  9. Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.
  10. Não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.
Agora, filosófe!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Literatura - Rubem Braga

Rubem,braga,literatura,cronica

Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, em 12 de janeiro de 1913, Rubem Braga, ainda estudante, começou a trabalhar em jornal, assinando uma crônica diária no Diário da Tarde de Belo Horizonte, para onde se transferira, depois de curto período no Rio de Janeiro. A partir de então, escreveu em várias revistas e jornais do Brasil, tendo morado em São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Porto alegre e de novo no Rio de Janeiro. Foi correspondente do Diário Carioca junto ao Alto Comando Aliado na Itália, onde acompanhou a Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. Viajou por vários países do mundo, viveu durante o ano de 1950 em Paris e em 1955 em Santiago do Chile, onde chefiou o Escritório Comercial do Brasil, exonerando-se a pedido em novembro do mesmo ano. Em 1961, foi nomeado embaixador do Brasil em Marrocos, posto do qual também se exonerou a pedido em 1963. Morreu no Rio de Janeiro em dezembro de 1990.

Rubem Braga nunca deixou de escrever regularmente crônicas para jornais e revistas, vindo a constituir um verdadeiro fenômeno: o de ser o único escritor a conquistar um lugar definitivo na nossa literatura exclusivamente como cronista. Abordando sempre assuntos do dia-a-dia, falando de si mesmo, de sua infância, mocidade, primeiros amores, impregnava tudo o que escrevia de um grande amor à vida - a vida simples, não sofisticada, dos humildes e sofredores. Tinha predileção especial pelas coisas da natureza, tomando frequentemente como tem o mar, os animais e as árvores. Não apenas em suas crônicas de amor e exaltação à mulher, mas também as que dedicou a passarinhos, borboletas, cajueiros, amendoeiras e pescarias são das mais belas páginas de nossa literatura.

Um vídeo muito interessante a respeito de sua vida e obra pode ser visto no seguinte link: http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1636447-17671,00-MEMORIA+ANOS+SEM+RUBEM+BRAGA.html

Para leitura, entre muitos outros, uma boa sugestão com crônicas de sua autoria é o livro "200 Crônicas Escolhidas".